Olá a todos!
Neste momento encontro-me a atravessar uma fase difícil da minha vida. Nada que eu não esperasse, mas por muito que se espere, custa sempre. A minha avó partiu, faz amanhã uma semana. Eu sei que ela se encontrava muito doente, que não iria conseguir lutar pela sua vida muito mais tempo (a minha avó era uma pessoa forte, que não desistia, mas nos dias finais da sua vida encontrava-se já muito fraca, sem mais forças para continuar a lutar; eu diria até, já sem vontade de viver) e que só partindo iria deixar de sofrer, mas custa sempre muito, mesmo muito, perder alguém que nós amamos e, neste caso, a avó com quem cresci, que me criou desde bébé. Nunca irei esquecer tudo o que ela fez por mim; nunca irei esquecer os momentos que passei com ela, quando me abraçava, mas também quando me ralhava.
Uma das coisas que nunca irei esquecer da minha avó é o facto de que, seja quem fosse que fosse a casa dela, ela, literalmente, obrigava a pessoa a comer alguma coisa. A minha avó era assim com qualquer pessoa, mas principalmente com os netos que ela amava. Às vezes íamos a casa dela logo a seguir ao jantar (a minha avó vivia na mesma casa que eu, mas no 1º andar e eu vivo no r/ch) e ela já tinha um batalhão de comida em cima da mesa e, é claro, a seguir ao jantar ninguém tem fome, mas, para a minha avó, não tínhamos comido nada ao jantar (ela dizia isto mesmo sem saber se tínhamos jantado bem ou não) e por isso tínhamos que comer sempre alguma coisa em casa dela, senão até ficava chateada. A minha avó chamava-se Amélia e um dos defeitos dela era, sem dúvida, a teimosia (se eu sou teimosa, com certeza foi herdado dela).
Eu vou fazer 18 anos para a semana e uma das coisas de que eu tenho mais pena é que (por pouco) a minha avó não tenha chegado até lá.
Ainda não acredito que fiquei sem a minha avó Amélia. Ainda me parece que ela se encontra hospitalizada e que eu posso ir visitá-la sempre. Mas, infelizmente, isso não é verdade; não posso ver mais a minha avó.
Os tempos que se seguem vão custar ainda mais, pois as saudades vão ser impossíveis de suportar.
Agora já só tenho o meu avô materno.
Sei que o tempo irá atenuar a dor, pois já passei por isto há 3 anos com a minha avó materna.
Este post serviu como desabafo e como forma de relembrar a minha avó.
Peço desculpa às minhas colegas da CASA por publicar isto no nosso blogue de grupo, que nada tem a ver com o projecto, mas este foi o acontecimento que mais me marcou esta semana e é a origem da minha tristeza.
Agora, falando da felicidade, falando da CASA, tudo se encontra encaminhado para o sucesso. Apesar de na sexta-feira passada não ter podido ir à reunião na Ânimas com as minhas colegas, pelos motivos que estas já referiram, segundo as moradores que se deslocaram à Ânimas, Joana e Isabel, esta parece ter corrido bem. O dia da palestra já se encontra definido e, apesar de não sabermos quando será a cerimónia de entrega do cão ao utente da associação (pelos motivos referidos pela Joana), temos a certeza que se irá realizar.
Por agora temos focado as nossas atenções nas vendas quinzenais na BV, e aproveito já para convidar todos a deslocarem-se amanhã, durante toda a manhã, à BV e irão poder comprar e/ou trocar livros que tragam, por outros em segunda mão, a preços simbólicos.
TUDO PARA AJUDAR A ÂNIMAS.
Novidades irão ser publicadas, como já é habitual, semanalmente, pelas moradoras da CASA.
Obrigado a todos os que têm colaborado connosco.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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